domingo, março 16, 2008

Sinto muito.
E hei de sentir sempre,
Porque nada melhor que tí,
Dentro do meu peito.
Amor.

domingo, março 09, 2008

Sentado num papel sozinho,
Um canto sujo na mão,
Ouço a pena desafinada,
No meu violão sem tinta.

Escorre tristeza pelo rosto,
Ecoa lágrima dentro em mim,
Sem flores, me ponho a chorar,
Olhando um vaso de sentidos.

Entornei livros cheios de veneno,
Rasguei copos arrumados na estante,
Arranhei paredes que tanto ouvia,
Derrubei discos que me prendiam aqui.

E trocando os mundos, resolvi sair pelas pernas...
Prefiro esquecer que sou gente, humano,
Preferiria talvez, feito de pano,
Viver de sonhos, como um brinquedo feliz.

Não que feliz esteja distante,
Mas antes brinquedo em teu peito pujante,
Que comida de verme em terra fria.
Pena que a fome leva,
e o que a reza pede,
não sustenta.

Pena que a fome leva,
e o santo na parede,
não faz a feira.

pena que a fome leva,
e não tem por onde,
sequer fugir.

pena que a fome leva,
e nesse brasil tão grande,
não dá nem tempo de viver.